sábado, 7 de novembro de 2009

As Ameaças à Biodiversidade
Continuando as nossas reflexões sobre as problemáticas ligadas à biodiversidade, temos agora que abordar a problemática ligada às ameaças à biodiversidade.
Estas ameaças devem-se sobretudo ao crescimento populacional que nas últimas décadas foi muito acelerado, o que levou a uma forte pressão sobre os mais diversos recursos e com isso a ameaça a muitos ecossistemas.
Os principais responsáveis apontados pela perda da biodiversidade são as alterações dos habitats levadas a cabo para os mais diversos fins (ex. a agricultura, a pesca), a poluição e as alterações climáticas.
Os números dos mais diversos estudos mostram que todos os biomas sofreram algum grau de degradação, em maior ou menor escala, o que pode comprometer a viabilidade de algumas espécies faunísticas e florísticas, e por consequência, algumas actividades humanas.
No entanto, as ameaças à biodiversidade não são apenas provenientes do exterior mas também as próprias características das espécies que compõem os biomas são importantes para compreender o seu grau de adaptabilidade face a um conjunto de alterações que estão em decurso, este dever ser um elemento a ter em conta quando se passa à fase de tomada de medidas para a conservação de um determinado ecossistema.
Tendo-se consciência da importância que as diferentes espécies têm para a manutenção de um ecossistema saudável, criaram-se um conjunto de medidas para permitir a sua conservação que tem sido desempenhada pelas mais diversas entidades, desde organizações locais, governamentais e mais recentemente as grandes empresas também têm manifestado a sua preocupação com a conservação/preservação da biodiversidade.
As medidas de conservação passam sobretudo pela criação de áreas protegidas mas a sua definição é alvo de alguma controvérsia, como mostra o texto de MYERS, N. (1996) onde temos biomas com dimensões e diversidade de espécies aproximadas mas que são alvo de abordagens distintas, porque será?
O que sabemos é que perante o estado actual têm que ser tomadas medidas específicas e exequíveis porque existem problemas que se poderão atenuar, outros ainda farão sentir as suas consequências mais algumas décadas.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Valor da Biodiversidade

Apesar de não termos uma definição universalmente aceite para biodiversidade, o que acaba também por ser um problema para a definição do seu valor “biodiversity itself is not uniquely defined by conservation biologists” Christie et al. (2006).
A partir da leitura dos documentos, constatamos que esta é entendida como um recurso que o Homem tem ao seu dispor e, tal como os outros, tem associado um valor que é atribuído em função da disponibilidade, da procura, entre outros aspectos.
Algumas questões surgem: Qual o valor a atribuir à biodiversidade? Que critérios utilizar para definir esse valor? Qual é a importância desse valor para uma dada comunidade?
O valor a atribuir à biodiversidade não é fácil de quantificar porque temos diferentes percepções sobre o tema, como mostra o artigo de Christie et al. (2006), seja por parte dos governos, da comunidade científica e das populações. Num aspecto parece haver acordo, na sua importância para gerar mais – valias, temos as definições de Pearce (2001) e da OCDE (2001) que aparecem referidas no artigo de Christie et al (2006) e que mostram essa importância.
Esta percepção é condicionada pelos conhecimentos sobre este tema, a pesquisa realizada por Christie et al (2006) revela que as populações têm consciência do valor/importância da preservação das espécies mas quando se fala em biodiversidade, são poucos os que conhecem o seu significado “ (…) 52% considered the protection of wildlife to be very important, even though they did not know what biodiversity itself meant.”
Então torna-se importante o esclarecimento dos conceitos fundamentais ligados às dinâmicas/componentes de um ecossistema para que a população consiga entender o que se pretende atingir com a implementação de determinadas medidas; outro aspecto que considero importante é saber o que as populações estão dispostas a pagar para preservar uma determinada espécie, essa predisposição é afectada por factores como a importância que localmente lhe é atribuída, se essa espécie é “bonita/engraçada”, se é uma espécie rara ou uma espécie que é conhecida pela maior parte da comunidade porque como é afirmado “the ecosystems services that had direct impacts on humans were found to be positively and significantly valued. “ Christie et al. (2006).
Parece-me que os critérios a utilizar para definir o valor da biodiversidade têm de passar pela consideração de aspectos que estão ligados com o conhecimento da situação de um ecossistema ao nível dos seus elementos constituintes, das relações que estabelecem entre si e das repercussões que essas têm para o conjunto mas também pela consideração da visão que uma determinada comunidade humana tem sobre o meio que a rodeia. Basta lembrar os casos da construção de grandes infra-estruturas de engenharia (pontes, viadutos e barragens) em que muitas vezes apesar dos Ecologistas/Biólogos alertarem para a perda de biodiversidade, não conseguem explicar com clareza para o público, o porquê da necessidade da preservação dessa espécie, o que acaba de gerar tensões.
É referido no Millennium Assessement (2005) que a perda da biodiversidade vai contribuir para o surgimento/agravamento de problemas como a insegurança alimentar, a vulnerabilidade das populações face a catástrofes naturais, o acesso à saúde, à energia, à água potável, à perda de laços sociais e à perda da liberdade de escolha/decisão.
Contudo os reflexos dessas perdas não são os mesmos para todos, para uns significam a perda da única fonte de sustento, o ruir da economia local, o aumento da situação de pobreza visto que não possuem/contemplaram outras alternativas; para outros o seu bem-estar e a sua qualidade de vida não sofreram alterações, como é o caso dos países desenvolvidos.
No caso dos países desenvolvidos e também de alguns países em desenvolvimento, onde as pessoas e as suas actividades dependem da exploração de recursos naturais que se encontram sobreexplorados, têm-se implantado medidas para recuperar essas espécies (limitar capturas, épocas de defeso, proibição total) e têm-se incentivado a procura de actividades alternativas que sejam capazes de dar resposta às necessidades dessas populações, por exemplo a aposta no Ecoturismo, que é um sector em franco crescimento e que pode constituir outra forma de valorizar e incentivar a preservação da biodiversidade e ao mesmo tempo de gerar riqueza.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Biodiversidade e as Empresas

A Biodiversidade está na ordem do dia! E algumas empresas apercebem-se do papel que podem ter na sensibilização da população para esta temática.
No site da EDP temos um Projecto na área da Biodiversidade e o BES também criou um projecto nesta área.
A cultura de responsabilidade das empresas tem vindo a aumentar, o que é positivo!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Boas Vindas


A todos os colegas da UC de Biodiversidade, Geodiversidade e Conservação e ao Corpo Docente.
Encontramo-nos por aqui!